COMENDADORA É DESTAQUE NO PLANETA DA POESIA
QUEM É SANTA INÈZE DA ROCHA?
Entrevista original concedida a # Luciana Carrero
Santa Inèze da Rocha é o nome literário
da Professora Santa Inèze Domingues da Rocha Neiva Soares, natural de
Quaraí, RS;. casada em Portugal, através do Consulado do Brasil, com o
professor Antonio Sampaio Neiva Soares, Presidente do Instituto Cultural
Português, entidade literária localizada em Porto Alegre, RS. Formada em Letras
(Português/Francês, na FIC, em Santa Maria. É Pós-Graduada, com Mestrado em
Linguística Aplicada à Língua Portuguesa, pela PUC/RS. Exerceu o magistério em escolas
particulares em Santa Maria, São Pedro do Sul e Uruguaiana, , todas no RS, no
período de 1960 a 1965. Exerceu o Ensino Superior: FAFIUR /PUCRS- Campus
2 –como Titular da Cadeira de Linguística, no Curso de Letras e Língua
Portuguesa (em todos os outros cursos da FAFIUR). É Sócia Fundadora do
Instituto Cultural Português (1979), onde exerceu os cargos de primeira
Secretária, Presidente e Diretora Cultural, cargo que exerce atualmente. É Diretora
do Grupo RS Letras, 4) Ligação com o ICP
Desde sua fundação em 1979, sou sócia
fundadora, fui sua primeira Secretária. Diretora Cultural e Presidente. É
Diretora do Grupo RS Letras, jornal fundado em 1989. É titular da Cadeira 11 da
Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul, tendo como patrona Andradina
de Oliveira. Na Academia de Letras do Rio Grande do Sul, ocupa a Cadeira 5, cuja
patrona é Lila Ripoll. Em nível internacional, pertence a AICL - Associação
Internacional dos Colóquios da Lusofonia, Cadeira 14, Açores, Ilha de S.Miguel,
Portugal. Pertence ao quadro de associadas da Associação de Jornalistas e
Escritoras do Brasil, AJEB – Seção RS.
Participou de várias obras coletivas (coletêneas
de poesia): Cadernos Literários; Autores Gaúchos; Poesia Mulher; Presença
Literária; UNI-VERSO: Antologias da ALMURS; PALAVRA; Antologia da Casa do Poeta
Rio-Grandense; POESIA BRASIL do Congresso Nacional de Poesia, Trovadores
Brasileiros (algumas) e muitas outras. Publicou o livros didáticos: Português
para o Primeiro Ciclo/1977; Desempenho Linguístico de Alunos Recém-Matriculados
no Segundo Grau/Dissertação de Mestrado/1979; Departamento de Assuntos
Universitários, 10 Anos em Busca da Integração entre 1, 2 e 3 Graus, no Rio
Grande do Sul/1972/1982. Em Literatura e História, editou: Enigma de Amor
(Poesia)/2007; Açorianos – História e Legado/2008; Açorianos no Rio Grande do
Sul – vol. 1/2002, vol. 2/2007) e 32012, (textos individuais e de recolha). Em
crítica literária ou bibliográfica, editou: Dois ensaios: Lila Ripoll e Nilson
Bertolini (dois poetas quaraienses)/2007; Releitura de Orfeu e a Flor de Ouro
do Poeta de Betty Borges Fortes/2011 e Orfeu e Levantamento BioBibliográfico de
Betty Borges Fortes/2007.
Santa Inèze recebeu, de Portugal, a Comenda do Infante Dom Henrique
, a qual ela considera a maior honraria que poderia ter recebido em Portugal, em reconhecimento ao seu
trabalho envolvendo a Literatura de Língua Portuguesa, em nível internacional e
brasileiro. Esta constitui-se na mais alta condecoração deste país, na área cultural.
Aqui no Rio Grande do Sul, recebeu homenagem
significativa, nos 255 Anos do Povoamento Açoriano do Rio Grande do Sul, em
General Câmara, em Placa de Bronze com seu nome no Monumento ao Açoriano, no
Adro da Igreja de Santo Amaro do Sul, pelo seu trabalho realizado no Instituto
Cultural Português.
O Instituto Cultural Português recebeu
da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul Diploma de Honra ao Mérito pela
sua participação na Semana da Comunidade Luso-Brasileira , no 22 de Abril, em
três anos consecutivos, recebidos lpelo seu Presidente, Antonio Soares, que
esteve à frente desse trabalho desde 2007 até 2012.
PLANETA DA POESIA ENTREVISTA A POETISA E
COMENDADORA SANTA INÈZE DA ROCHA
Planeta: - Qual o principal verbo em que
conjuga sua vida?
Santa: São três verbos: Trabalhar,
Dedicar e Amar
Planeta: Como faz a distribuição de seu papel no
mundo?
Santa: Em três fases: 1/professora por
vocação; 2/ profissional da educação; 3/ responsabilidade pessoal e profissional assumida diante de duas comunidades: Brasil/Portugal e Rio Grande do Sul/Açores.
Planeta: Como se movimenta dentro de múltiplas
atividades?
Santa: Priorizando diariamente as ações
a serem realizadas.
Planeta: três palavras mágicas.
Santa: Trabalho, Dedicação, Amor.
Planeta: Seu universo.
Santa:
Casamento, literatura, poesia, editora, social, crítica, mulher,
responsabilidade,
Esses substantivos citados existem em minha
vida, mas como decorrências do viver a dois e do viver como intelectual
participante do mundo em que vivemos, ativamente, no trabalho, na sociedade e
na condição de mulher.
Planeta: Quando começou a escrever
poesia?
Santa: Quando jovem, não escrevi. Gostava de escrever pensamentos, reflexões,
textos filosóficos. No curso de Letras, escrevi alguns ensaios poéticos, em
português e espanhol. Como professora de
Língua Portuguesa, gostava mais da prosa, precisava ensinar o aluno de qualquer
idade a escrever, a expressar seu pensamento.
Creio que quando conheci o amor, na
maturidade, comecei a sentir-me poeta. E como encontrei um poeta, aprimorei o
poema. Mas os meus poemas não são para serem lidos em voz alta, declamados, mas
para serem sentidos na individualidade do leitor.
Planeta: O que pensa da quantidade em detrimento da
qualidade em poetas brasileiros.
Santa: Creio que uma coisa é fazer
versos, escrever em versos, outra é ser poeta. Para ser poeta deve haver a
preocupação com a forma poética, com a escolha do vocábulo, com a poesia como
mensagem conotativa, como uma expressão perene do pensar , não como deleite
pessoal. Ser poeta é uma
responsabilidade. Há quem pense ao contrário, por desconhecer o “ofício”.
Planeta: Existe uma literatura, poesia
genuinamente brasileira ou tudo é influência de Portugal?
Santa: Quando estudamos a Literatura
Portuguesa e a Literatura Brasileira, sentimos que nossos primeiros poetas
sofreram a influência da literatura em voga na sua época. Hoje temos duas
línguas bem definidas, duas realidades completamente diferentes. Nossa poesia é
sem dúvida genuinamente brasileira e a Literatura Portuguesa prossegue o seu
curso normal de desenvolvimento entre os falantes do seu país. Cada Literatura
prossegue normalmente em cada país. Quando não vivíamos a era da globalização,
já vivíamos a influência de cada língua
nos diferentes países envolvidos na conquista do mundo, Espanha, Portugal,
França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Grécia, Egito e assim podemos prosseguir
essa caminhada cultural pelos continentes.
Planeta: Cite 3 poetas brasileiros que
poderiam ser vistos como ícones
Santa: Cecília Meirelles, Manuel
Bandeira e João Cabral de Melo Neto
Planeta: Sobre a popularidade destes.
Santa: Os citados não os considero
populares. Se fosse levar em conta popularidade citaria outros, importantes
também.
Planeta:
Cite 3 portugueses
Santa: Florbela Espanca, Fernando
Pessoa, Vitorino Nemésio
Planeta: Dentro do contexto do ICP...
Santa: Joaquim Moncks, Antonio Soares,
José Moreira da Silva
Planeta: Dentro do contexto de mundo
inteiro...
Santa: Luiz de Camões, Homero e Virgílio
Planeta: De Portugal, a nível mundial...
Santa: Luiz de Camões e Fernando Pessoa
Planeta: De Portugal, na Europa...
Santa: Fernando Pessoa
Planeta: Africanos...
Santa: Maia Ferreira(1849), Geraldo
Bessa Victor(1941), Agostinho Neto(1950), Viriato da Cruz (1961). Atualmente já
esteve aqui em Porto Alegre o escritor africano Mia Couto, bastante divulgado
em Portugal.
Planeta: Qual a literatura africana que
o mundo conhece?
A Literatura Africana que se conhece é a
Literatura Africana de Língua Portuguesa. Os países africanos colonizados por
Portugal permaneceram com o Português como língua oficial do país, então sua
Literatura será em língua portuguesa.
Planeta: Sobre a poesia pura....
Santa: Na lírica camoniana encontramos a
poesia pura.
Planeta: A poesia engajada...
Santa: Carlos Drummond de Andrade,
considero um poeta engajado.
Planeta: O que é poesia?
Santa: Um gênero literário que se
contrapõe à prosa.
Planeta: O que o ICP mais realizou?
Santa: Considero fundamental na obra do
Instituto Cultural Português no Rio Grande do Sul a revitalização da língua
portuguesa como valor fundamental na formação cultural da comunidade sul-riograndense,
destacando-se o elemento humano povoador. Cultura não é literatura, vem do
povo, vem dos troncos seculares. Daí o valor da literatura de Érico Veríssimo,
não da escrita em si, mas dos valores da terra que ela é capaz de arrancar e
mostrar as raízes. Por essa mesma razão eu gosto do nosso poeta, Francisco
Pereira Rodrigues.
Planeta: O que o ICP está realizando?
Santa:Temos três frentes diante de nós.
Estamos, na verdade, numa encruzilhada. Somos uma instituição brasileira,
criada para valorizar a língua portuguesa no Rio Grande do Sul, o valor e a importância
da língua e da cultura herdada, estabelecer laços com Portugal do ponto de
vista das duas culturas e aproximar as pessoas daqui e de lá, estabelecendo
laços de amizade, tendo em conta os valores que nos unem. Temos conseguido ser
fieis a essas questões fundamentais. Temos um jornal, uma revista literária e
editoramos livros dos autores que nos procuram.
Planeta: Projetos a curto e longo prazo...
Santa: Nossos projetos são sempre a
longo prazo. Inicia-se o projeto e realiza-se no decorrer de uma trajetória,
que nunca é sozinha, como foi o projeto: Influência Portuguesa na Cultura do
Rio Grande do Sul, iniciado em 1987. O último lançado e realizado, na 59ª.
Feira do Livro de Porto Alegre: Novas Formas de Integração e Intercâmbio entre
Brasil e Portugal, em 9 de novembro de 2013. É a Procurada da inovação nessa
caminhada da interrelação. É natural que as inter-relações serão dentro dos
nossos campos de interesse. Mas há um chamamento para novos parceiros, que
poderão trabalhar noutros campos de interesse.
Planeta: Sobre a Diretoria do ICP...
Santa: Os sócios mais antigos é que têm
permanecido na Diretoria. Mas não significa que novos sócios não possam vir a
participar. A cada três anos há uma renovação dos elementos da diretoria. Além
disso temos vários departamentos que atendem as diferentes frentes de ação do
ICP.
Planeta: Quem pode associar-se:
Santa: De preferência, luso-descendentes,
mas também estudiosos em geral, e pesquisadores das questões lusófonas, poderão
associar-se ou participar de nossos órgãos de imprensa, jornal ou revista. Ou,
ainda inscrever-se como membro da comunidade luso-brasileira.
Planeta: Relações com imprensa e mídia,
no Brasil e em Portugal... Trabalhar com Antonio Soares no Instituto Cultural
Português...
Santa: Como todos sabem, o Instituto
Cultural Português foi criado em 1979, por proposta de Antonio Soares (António
Filipe Sampaio Neiva Soares) quando Leitor de Cultural Portuguesa na Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Essa proposta não foi feita à
Universidade, mas à comunidade portuguesa ou luso-brasileira da época, uma vez
que Antonio Soares logo se engajou aos grupos existentes em Porto Alegre, como
Casa de Portugal, Gabinete Português de Leitura. Passou também a participar das reuniões do Movimento de
Defesa do Patrimônio Histórico de Porto Alegre, liderado por Leandro da Silva
Telles, onde surgiu-lhe então a ideia de criar o Instituto Cultural Português,
que poderia oferecer cursos de cultura portuguesa, editar obras que
possibilitassem a difusão da cultura portuguesa na comunidade em geral, não só
na Universidade. Unindo-se ao grupo de defesa do patrimônio, levou sua proposta
avante, surgindo, no dia 10 de abril de 1979, o Instituto Cultural Português,
em Porto Alegre, tendo na cúpula do Instituto, líderes de outros movimentos
literários, como Zeferino Paulo de Freitas Fagundes, Nelson Fachinelli, Frei
Rovílio Costa, Leandro Silva Telles. Nessa época eu fazia parte do Departamento
de Assuntos Universitários da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do RS
e da primeira diretoria do ICP, como Secretária, responsável pelo Boletim
CARAVELA, órgão de divulgação da instituição e da Revista Caravela.
Então trabalhar com Antonio Soares
sempre significou engajar-se na idealização e realização desse trabalho de
divulgação da cultura portuguesa no Rio Grande do Sul.
Planeta: Os críticos...
Santa: Creio que se refira aos Críticos
Literários. Num país imenso como o nosso, muitos teriam de ser os Críticos
Literários, mas parece-me não haver a presença da Crítica em nossos meios. São
raros os Críticos. Mas existem. Não sei até que ponto os Críticos se preocupam
com a produção literária existente em nosso meio. Não se sente na Imprensa a
presença de uma Crítica organizada.
Planeta: Brasil, poetas em profusão...
Santa: É verdade. Basta ser brasileiro
para ser poeta.
Planeta: A Poesia e sua relação com a
música...
Santa: Em Portugal há muitos poemas de
poetas antigos e novos, atuais, que são letras de belos fados. Um bela canção é sempre um belo poema.
Planeta: Preferências poéticas...
Santa: Toda a criação poética bem
concebida e criada é digna de ser apreciada.
Planeta: Gênero mais cultivado, na Literatura...
Santa: Não saberia avaliar, porque há
tantas obras criadas, publicadas que eu não teria condições de avaliar.
Planeta: Sobre o Soneto, na linha do tempo...
Santa: Desde Camões até agora, se
percorrermos os poetas na linha do tempo, encontraremos belos sonetos em todos
eles, tanto em Portugal como no Brasil.
Planeta: Soneto na atualidade...
Hoje são raros os poetas que usam o
soneto entre suas criações poéticas,
muitas vezes não conseguem atingir a perfeição exigida.
Planeta: Considerações sobre a poesia
feminina. Idem, masculina. Poesia entre os jovens e adolescentes.
Santa: Não costumo fazer diferença entre
poesia feminina e masculina. Geralmente o jovem ou adolescente considerado como
poeta, é precoce.
Planeta: O livro tradicional, de papel, vai desaparecer
em função do notebook?
Santa: Eu pessoalmente acredito que não
desaparecerá nunca.
Planeta: Vantagens e desvantagens do
e-book...
Santa: Parece-me que a maior vantagem
seja a da divulgação da obra, atingindo o leitor com maior facilidade.
Planeta: O poeta que ao mesmo tempo é
crítico...
Santa: Acredito que é mais fácil ser crítico do outro do que
de si próprio. Mas todo o estudioso da poesia ou da literatura pode ser um
crítico.
Planeta: A Faculdade de Letras e seu papel na vida
literária do poeta, dos demais escritores etc...
Santa: O exemplo de grandes escritores,
tanto aqui como em Portugal, vem demonstrando que não é necessário frequentar
uma Faculdade de Letras para ser um grande escritor. Curso de Letras é um curso
como outro qualquer. O escritor é escritor por vocação, pode exercer qualquer
profissão e ser um escritor.
Planeta: As Leis de Incentivo à Cultura
e seu aproveitamento...
Santa: Eu trabalhei no Conselho de
Cultura do Estado do RS durante 6 anos. E julgo, a partir dessa experiência pessoal,
que as leis de Incentivo à Cultura são bem aproveitadas. E o nosso Conselho de
Cultura leva muito a sério esse trabalho. Eu aprendi a trabalhar em grupo, de
forma disciplinada, através dessa experiência. Ética profissional é outra
questão levada a sério, considerada, em
primeiro lugar, naquele trabalho realizado pelos Conselheiros.
Planeta: Sobre este conceito de que
ninguém pode viver de poesia, a desvalorização da mesma como profissão
aconteceu?
Santa: Não acredito nisso. O escritor,
tanto poeta como prosador, necessita de um órgão de imprensa para se promover.
Podemos ver no nosso meio, Mário Quintana teve o Correio do Povo, Érico
Veríssimo, a Livraria do Globo. Luiz Fernando
Veríssimo, a Zero Hora. Só para citar os mais explicitamente ligados. São
vários no nosso meio.
A razão do Instituto Cultural Português
ter lutado sempre por ter um órgão de imprensa é exatamente essa. A nossa
revista CAOSÓTICA é um exemplo de resistência, está em circulação desde 2005,
10 Anos, sem pedir ajuda a nenhum Plano
de Incentivo à Cultura. O nosso jornal literário RSLetras desde 1989\2014 (25anos).
Planeta: Na visão crítica da poesia
purista da essência, Camões seria considerado poeta. cronista ou historiador em
versos e alegorias?
Santa: Camões sem dúvida é o maior poeta
de todos os tempos. Temos um livro de Antonio Soares “Luis de Camões Antologia”
que nos mostra o Camões Lírico e o Épico. Geralmente se conhece o Camões Épico,
daí vir a presença do cronista, historiador em versos. As alegorias são
criações naturais da época em que o Poeta viveu.
Planeta: O papel da Literatura e da poesia, como um
todo, no mundo atual...
Santa: Na minha maneira de pensar o
papel da Literatura e da Poesia dentro da Literatura é o mesmo tanto no passado
como no presente.
Planeta: Conselhos ou dicas aos novos
escritores...
Santa: Tenho observado que as Oficinas
Literárias têm produzido bons resultados entre os interessados em escrever ou a
virem a ser escritores. A leitura de bons livros de escritores brasileiros e
estrangeiros é sempre benéfica. Escolher a leitura de acordo com o interesse
pessoal do leitor, no gênero que mais lhe apetece escrever, poderá sempre
ajudar e dar prazer.
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