segunda-feira, 30 de junho de 2014

#Sangue Guarany #Poesiarana #Sangue Tupy #Língua tupy

POESIARANA


#Luciana Carrero

A bisavó guarany
enrugada e ereta
monta guarda à minha cama
alma triste de poeta
a falar-me à cabeceira
ser o poema poesiarana
parece poesia que mana
mas não é poesia sana
A bisavó cunhataí
pia assim juritirana
e sempre foi bem porã
Debato-me agitarana
quando a lança bisavó
meu coração cravarana
Sinto a hora morterana
A índia dá um risorana
e manda eu ir trabalhar
mas p'r'isso eu devo acordar
Acordo e foi bisavó
Deixou-me só um moterana
cá n’almarana que dó

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