#Cybele - Não me funkarei - Comentário
Não
me funkarei
#Luciana
Carrero
Os bons estão morrendo,
dando lugar ao escracho e nivelando a música por baixo. Morreu ontem Cybele, do
Quarteto em Cy. Já com 74 anos, fez boa arte, com o grupo. Podia ficar um pouco
mais? Claro que sim. Mas não é por ela morrer, já que todos morremos, que estou
lamentando. Lamento porque nada de bom nasce para substituir os bons da arte
musical. Há muito tempo que só ouço cinco por cento da música brasileira, que
quase sempre vou buscar no baú de pesquisas. E ouço música estrangeira, árabe,
portuguesa, norte-americana. Os fados (música portuguesa) são o máximo da
cultura que trás letras e melodias de encantamento. Hoje em dia estou curtindo
Janis Joplin, inenarrável, de tão boa, magnífica, até. Tenho de socorrer-me nos
estrangeiros, caso contrário vou enlouquecer com este clima de
"música" brasileira. E não venham dizer que estou velha,
ultrapassada. Música não tem idade, e sim qualidade. Não amadureci para
apodrecer no escracho das pragas que surgem. Se aparecer algo bom, é claro que
vou aderir. Mas não adiro a lixo, só para dizer que sou moderna. A música brasileira que
se funk, já que a ignorância impera. Mas não me funkarei junto. Aproveitando a
oportunidade de comentar a morte de Cybele, fui pesquisar, e apresento a seguir
uma música qualquer que tomei ao acaso no Youtube. Um pouco fora de moda para
os padrões melódicos atuais do mundo. Mas divulgo como qualidade histórica da
arte musical. Adaptada para sonoridade mais moderna, em questões instrumentais
e técnicas e, claro, sem "aproveitar" o mau gosto atual, esta música
poderia estar nas paradas. Tirem suas conclusões (https://www.youtube.com/watch?v=HDkr5rrY77s)
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