POESIA NO ÔNIBUS
A Cultura Estatizada
mantém de Poesia ornada
janela do coletivo
e o poema é lenitivo
ao passageiro estressado
Na mensagem leva fé
mas enjeita ao poeta, o Estado
e sugere que ande a pé
Na tarde fria de Agosto
o vento batendo ao rosto
o versejador esfaimado
consome um pastel inflado
que tem sabor
duvidoso
ali na volta do Mercado
Mas no inspirado poetar
imagina que é recheado
e tem gosto de caviar
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