FAHRENHEIT 451
FAHRENHEIT 451
# Luciana Carrero
No Deserto do Saara a canícula
queimava a cara
E
Sara
depilava
os países baixos
para aliviar o calor
da província
Mas o calor no país de Sara não
vinha do Saara
nem do sol do cão que tisnava
caras
Ela na sua idade fervida
ciosa do cio na perseguida
abria
as pernas
e os braços
para o penetrar
do metido
com cinquenta tons de cinza
de afro-fornido emblemático
que
o tacho mexia
com colher de pau
na chimia
Fabricavam calores a mais da
conta
para a tarde que viria
tonta - até -
no fogaréu que crescia
A temperatura lá fora
- ao incêndio
que torrava
no Fahrenheit
o casal
na alcova ardente -
subia
O mundo acabou em fogo naquele
dia
lá... rá... la... rá... la...
rá... la... rá... la...rá
o carro de bombeiros zunia mas
chegava
tarde
já
lará... lará... lará...
sob o sol do meio-dia
bem quando o mundo explodia
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial