Depois da Tempestade vem a Ambulância
# Luciana Carrero
Andejo para o amor
direcionada
A um ponto imaginário
do universo
Lá onde está o
mistério da ramada
Que manda
flores-finas para o verso
Eis que lá deve estar
quem é da mesma
Matéria que me falta
nesta vida
Para juntar com a
daqui telesma
Fixando a origem
celular perdida
Mas ante o deambular
da minha busca
A Kundalini sobe-me o
espinhaço
Com veneno inocula a
cinza massa
A inspiração mordida,
a olhar rebusca
Algo mais perto aqui
do meu espaço
E atiro-me ao primeiro
amor que passa!
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