Henri de Toulouse-Lautrec, o Pai da Arte-Nouveau
ESTUDANDO HISTÓRIA PELAS
EFEMÉRIDES III - 24 de novembro
Luciana Carrero*
Quem usa o Google em sua faina
diária, por vezes encontra homenagens no chamado Doodle. Hoje o homenageado é
Toulouse-Lautrec, pintor francês que veio ao mundo para revolucionar a pintura,
no que tange ao uso das cores e dos traços, ressaltando-se prolífica produção
de aproximadamente 1.000 pinturas sobre tela e uma infinidade de outros
desenhos que influenciaram os reclames publicitários, do qual foi o gerador de
uma nova linha, largamente utilizada na propaganda mundial, através de um
intenso trabalho que atravessou em mais de 1 século, nesta área. Em várias
modalidades de pinturas e de inspiradas criações, esteve presente no
crescimento dos meios publicitários, quando o design gráfico necessitava de sua
arte para expor produtos e campanhas institucionais, sendo o precursor da Arte
Nouveau. E esta é sua glória maior. Faleceu aos 37 anos. Possuia origem nobre e
herdaria o título de conde, de seu pai, se não tivesse deixado este mundo, tão
jovem. A natureza e a vida desregrada, entre boêmios e prostitutas, o levaram à
prematura morte. Pouco tempo para uma vida, mas que foi ocupado com intensidade
suficiente para deixar uma imensa e importante obra para o mundo. Detinha em
sua identidade uma continuidade de denominações daquelas compostas, que eram
importantes para definir os costumes da nobreza, ou seja de vários nomes e
sobrenomes que não interessa citar, visto que ele foi, é e sempre será o
festejado, com toda a honta, Toulouse-Lautrec, conhecido de todos nós. Para
quem nasceu a partir de perto do final do século XVIII e início mais
continuidade do século XIX, viu sua presença, que se propagou em revistas,
periódicos, cartazes, cinema e teatro, enriquecendo a todos com sua arte. Mas o
que mais retratou, segundo se conhece, foi a vida boêmia do bairro a que se
aculturou e aos costumes deste ambiente. Até hoje tem seguidores, que através
da arte-gráfica computadorizada, seguem seus passos; passos que ele traçava com
naturalidade e recursos nada automatizados como os da informática. As grandes
empresas de publicidade e propaganda, bem como as tiras e outras produções, têm
em Lautrec um mestre, que seguem até o século XXI com um máximo de sofisticação
que o presente nos concede, mas, de dentro de toda a arte-gráfica produzida no
mundo atual, sente-se Lautrec a espiar por uma fresta de muitas produções
imitadas, mas não do mesmo modo inspiradas, apesar da qualidade das
digitalizações e automatismos a que Toulouse nunca teve acesso, É impossível
estudar jornalismo e propaganda, bem como a arte sem mencionar seu nome. Ele
morreu nos braços da mãe, perdeu um título de conde, honraria que já não diz
nada ao nosso mundo moderno, mas deixou a intensidade do seu amor pela arte,
acrescida da imortal produção que atravessará séculos que vêm pela frente, algo
maior do que tudo que um artista possa possuir: a sua eternidade em nossas
mentes. Por isso e por muito mais, foi e é exemplo para a humanidade. O mundo
evoluiu depois que Toulouse partiu, porque o deixou bem melhor que o encontrou,
apesar da vida dolorosa que teve no Planeta.
(Luciana Carrero, historiadora, produtora cultural, escritora, crítica de
arte e literatura).
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