domingo, 30 de março de 2014

No Facebook: As infelizes postagens das Brigadas Derrotistas

#Luciana Carrero*

Recebo aqui (no Facebook) postagens absurdas. São criadas por indivíduos anônimos, que as passam para a Rede, numa incontida falta de bom senso. E as pessoas sofridas, já com o pensamento embotado pela particular desgraça de suas vidas, usam estas infelizes citações para agredir os seus semelhantes, talvez até sem perceberem o mal que semeiam, ao alastrar essa praga gráfica. Outras as passam por absoluta falta de personalidade ou para serem engraçadinhas e espirituosas. Pergunto: Espirituosas com o que? já que, na desmedida ânsia de copiar e colar, não têm mais pensamento próprio para expressar, assimilando as asneiras que o mal semeia. Joshua Ben Pandira, uma das maiores inteligências voltadas para a fraternidade humana, ensinou, um dia, há um pouco mais de 2.000 anos, lições de amor, verdade e justiça. E amaldiçoados seres humanos jogaram, disputando com moedas sobre seu manto ensanguentado, e devolveram o Mestre ao Pai, estaqueado numa cruz. E ele dizia que era preciso exterminar as ervas daninhas. As ervas daninhas, então, pensaram eliminá-lo, mas não conseguiram, porque seu espírito sobre-existe vitorioso no universo. As atuais postagens, que chamam de "fotografia", e que atingem a humanidade com pensamentos odiosos e destruidores, devem ser eliminadas, como as citadas ervas, sem dó nem piedade, para limpar o mundo da sua nefasta influência. Não podemos fazer com os nossos semelhantes o que soldados embriagados e corruptos fizeram com o Mestre, ou seja, jogar uma sorte imunda sobre a humanidade, instigando, assim, violência, incompreensão, intolerância e desamor. Alguém posta: "Quanto mais conheço os humanos, mais amo os cachorros". E segue postando outras de desespero, como: "O amor é como ônibus. O dos outros chega sempre primeiro". Está, com estas impropriedades, baratas e irresponsáveis, mergulhando num poço de depressão e, cada vez mais, se afastando da humanidade. Na verdade, está pedindo socorro. Já pensaram em ser o primeiro amor chegando para os outros? Pessoas que não acreditam nos seres da sua raça, os humanos, e os atacam, raramente vão encontrar um amor verdadeiro. Imagino que, em princípio, desamam a si próprios. Com postagens dessas que abordo aqui, hoje, o que poderia querer, o seu autor ou compartilhador, além de fustigar-se a si próprio, mais do que o desprezo e a indiferença dos outros humanos? Falar que amor é que nem ônibus e tantas outras frases equivocadas, é simplificar seu pensamento, fugindo a um argumento palpável. É minimizar os sentimentos, reduzindo-os a frases jocosas ou de efeito. O amor vem a quem está preparado para recebê-lo. Para a questão do ônibus, a solução seria simples, bastando saber os horários e não ir uma hora antes para a parada. Verão que seu ônibus virá antes que o de muitos outros. Já no amor, que não é ônibus, amar em primeiro lugar, para depois ser amado, é a lei da vida. Amar não é tirar proveito. É responsabilidade. Não tem horário. Amar sempre, como condição para receber o amor sempre. (O original deste texto foi publicado no Facebook da autora)
* Filósofa independente, escritora, produtora cultural, reg. 3523, LIC/SEDAC/RS

(Do livro em preparo: Conhecimento, a ato-ajuda dos humanos)

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