sábado, 12 de abril de 2014

#Feira Livre

#Luciana Carrero

O amor próprio que se pode ver
É propriedade e bem particular
Que com nenhures é compartilhada
Mas por algures pode ser comprada

O bem dos outros é valorizado
Na medida em que pode ser sorvido
Haja onde houver ouro, e também beleza
Cobiças vêm buscá-los, com certeza

Mas só com bom dinheiro não se paga
A posse da beleza e do amor próprio,
Do coração às trompas de falópio

Há quem compre o que é próprio de um carente
E conquiste o seu ouro ou sua beleza
Com juras e conversas de nobreza


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