sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

NÃO ME JULGUEM PELOS MEUS POEMAS

OS POEMAS DE MINHA AUTORIA NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE O MEU EGO E SENTIMENTOS – NÃO ME JULGUEM PELOS MEUS POEMAS!

Sou uma poetisa que sofre as dores do mundo e com as alegrias do mundo se alegra.

Meus poemas são captados de um universal enredo e se impõem audaciosamente, acima da minha personalidade. Não consigo contê-los.


Posso estar falando de mim, de você, de algures, nenhures ou alhures.  Não exerço poder crítico sobre o que produzo e que vem à tona, irremediavelmente.

DIREITOS HUMANOS DE OCASIÃO

Há quem clame contra direitos humanos para supostos criminosos. Isto dura até quando?
- Até quando quem clama esteja na condição de um suposto bandido.
Há quem clame contra direitos humanos para criminosos definidos. E isto dura até quando?
- Até quando o bandido condenado seja um ente seu querido.

O direito humano negado ao mais vil dos criminosos é o precedente para que o nosso direito um dia possa ser negado, a qualquer pretexto inominado. E não mais haverá ninguém com coragem para clamar pelos direitos humanos de nenhum de nós. (Luciana Carrero)

PASÁRGADA EM VISÕES POÉTICAS

VISÕES POÉTICAS

       #Luciana Carrero*

Manuel falou primeiro:
Estou indo pra Pasárgada
Vou embora sem pensar
na vida aqui amargada
Lá andarei sobranceiro
“Lá sou amigo do rei”
Terei a partir do nada
o que aqui nunca ganhei

O Mário, a quintanar:
Fui para a rua encantada
que só em sonhos sonhei
e não levei daqui nada
das ruas que outrora andei
No mundo passarão todos
e eu passarinho passei
Vim cá para os cataventos
que num poema rimei

Joaquim Moncks, altaneiro:
Para Pasárgada, sim
que comprei com meu dinheiro
Lá sou amigo do ar
sou companheiro e afim
dos encantos do luar
brilhando por sobre as águas
Onde tem peixe a fartar
e meu vinho Cabernet
Lá meu rei é o poemar
Melhor amigo hei de tê?

E o cantador popular
entoa aquilo que tem:
Uma mãe em Jaçanã
E se perder este trem
vai ver a mãe amanhã








*Produtora Cultural, reg. 3523, LIC/SEC/RS