sexta-feira, 11 de abril de 2014

#SOBRE MINHA #CARTEIRINHA DE LOUCA & O USO DO VOCÁBULO "PRESIDENTA"

#Luciana Carrero

Há dias escrevi sobre o tema, no Facebook, e fui contestada. Então redigi uma resposta e estou encerrando o assunto.
O QUE ESCREVI: Dilma Rousseff, presidente ou presidenta, tem o meu voto, mas não a minha conivência com o erro de português
Sou sempre a favor de Dilma Rousseff, no governo e nas eleições. Mas considero inadequado o termo presidenta. A rigor, este termo não existe. A palavra "presidente" é aplicável tanto no masculino, como no feminino. "o presidente"; "a presidente". (Presidente, aquele ou aquela que preside). É o mesmo equívoco das "oficialas de justiça" e das "generalas". Estas são aberrações criadas que doem na alma de quem cultiva o léxico. (Luciana Carrero, produtora cultural, reg.3523, LIC/SEDAC/RS)
CONTESTAÇÃO RECEBIDA: Alguém disse-me que estou errada, e mandou-me consultar o dicionário. O que respondi, diretamente à pessoa, transcrevo, a seguir, sem aqui citar o nome. E encerro o assunto. Sou escritora e não professora. Não ganho nada para bater boca. E não farei como Qorpo Santo, o dramaturgo riograndense nascido em Triunfo, que teve que fugir e foi perseguido por querer interferir na língua portuguesa (ou brasileira, já que estava no Brasil). Por fim morreu louco. Eu que fui declarada doente mental, possuindo qualificação de esquizofrenia, paranoia e bipolaridade, no prontuário da psiquiatria do Hospital de Clínicas; e atestado de paranoica, depressiva psicótica e bipolar do Hospital Espírita, não vou piorar minha situação, discutindo com gente certa, porque não quero voltar para o hospício, embora tenha gostado muito, nos trinta dias de convívio com as chamadas loucas que lá se encontram. Isto porque lá não tenho Internet e nem computador para escrever. Agora, no meu status de deficiente mental, decretado em juízo, acho que não devo me expor, pois já sofri e ainda sofro demais. O que me salva é escrever, caso contrário a síndrome do pânico já teria me matado, visto que além de tudo, ainda convivo com esta doença, que é a pior que um ser humano pode ter.

MINHA RESPOSTA: Este termo "presidenta", eu falei que "a rigor" não está correto. Quis dizer que está forçado, pois suprime o sufixo "ente". Não existe o sufixo "enta", para este caso. Podem até estar usando e ser aceito. Isto é outra coisa. Quanto ao tal dicionário, resta saber quem é o autor desse dicionário. Se tem credibilidade. Não estou discutindo a questão com o leigo. Estou discutindo com o dicionário. Minha contestação atinge o léxico, o purismo da língua e não individualmente as pessoas que usam palavras. Estar no dicionário não me basta, ainda mais depois que estão consultando os famigerados dicionários de Internet., escritos por leigos semi-analfabetos, como o dicionário informal, o dicionário online e outros. Não estou errada em defender a língua, em profundidade. De qualquer forma, obrigada pela sua colaboração. Continuo, entretanto, com meu conceito. E estou argumentando. Seu argumento não me diz nada, pois reduz-se somente a afirmar que "está no dicionário". Aproveito para perguntar o que você acha da palavra "oficiala". E de outras: "tenenta", etc. A estética não fere aos seus sentidos? Aos meus fere, e com razão. Continuo com a Dilma, para presidente. Mas sufixos são inalteráveis. Se eu vou na onda dos dicionários, qualquer dia estarei aceitando as palavras "comandanta" e "ajudanta". Estas coisas são típicas da idéia de certos dicionaristas, até consagrados, que dizem que quem faz a língua é o povo. Então está bem, mas o povo acaba destruindo a própria etimologia da palavra, fazendo usos inadequados. Houaiss chega a dizer que presidenta é a mulher do presidente. Neste contexto, então, a mulher do síndico seria síndica e a mulher do prefeito, prefeita? Coisas desse tipo fazem-me desacreditar em, ou, no mínimo, discordar de dicionaristas consagrados, inclusive. Por isso discuto e não aceito certas posições, por mais dicionarizadas que sejam. Não será preciso mandar-me consultar dicionários. Faço isto desde que nasci culturalmente. Minha atuação é no campo das idéias. Nada pessoal. E não reclamem que escrevo idéia com acento. Não aceito algumas regras da nova ortografia. E para presidente? Dilma Roussef . Acho que nisso nós concordamos, sem precisar de dicionário. O homem da foto, abaixo, é Qorpo Santo. Pesquisem sobre ele. Vão gostar da história.