domingo, 23 de novembro de 2014

PENSE NA VILEZA QUE EMANA DO POVO

“E existe um povo que a bandeira empresta
para cobrir tanta infâmia e covardia”
Castro Alves

Luciana Carrero*

Vejam as fezes que emanam da pizza em que tudo finda. Sintam o sabor azedo desta pizza que o povo engole goela abaixo. Se tudo termina assim, neste carboidrato político maldito, já não se vê mais ninguém sorrindo; só gordas panças balançando e dois mundos num só vivendo.
Os donos do país só falam bilhões. O povo reclama e a imprensa alcoviteira lança mais ódio na nação brasileira. O salário mínimo aumenta 4,5 ao ano e não contém a ganância do capitalismo selvagem, quando no mesmo período os preços aumentam 300 por cento.
Escolham as armas porque a guerra chegou, polarizou-se a política entre ricos que subornam rebanhos de pobres e os levam ao matadouro X pobres que não se vendem mas já não têm mais força, pois foram traídos pelos seus pares.  Certamente o voto, a urna, a eleição, não são as armas que devemos usar, que o poder apregoa, porque são inofensivas, confortáveis e só trazem lucro aos poderosos. E somos obrigados a votar e participar desta farsa, para não sermos punidos.
Não acreditem em urnas honestas. Percebam as urnas eletrônicas preparadas por quem tem mais café no bule. Mas nenhum brasileiro há que não fuja à luta, quando subornado ou enganado a contento ou mesmo por qualquer balela. Todo o governo emana do povo. Então todo o povo é corrupto.
Vamos todos morrer de diarréia de tanto comer a pizza desaforada em que tudo termina nesta nação.
O brasileiro é um povo que come fezes, que vai morrer de inanição, comendo o próprio excremento que criou na própria corrupção.
As armas são outras que não o voto. As armas são acabar com ignorância, toda a ignorância que do povo emana! Quando aceita votar nas pesquisas e não na sua própria razão! A pesquisa é o maior crime eleitoral deste país. Pobre quando se vende ou vota em pesquisa está dando um tiro no pé. Por pouco não perdemos a democracia. Se a educação não mudar, se as leis não mudarem, se não vier a resposta política, a democracia termina na próxima eleição presidencial.

*Escritora, produtora cultural