quinta-feira, 30 de junho de 2016

POEMA SUJO

Luciana Carrero

Para fazer um ato sujo
preciso ser revoltada
preciso chafurdar na lama
necessito chupar bucetas
preciso mandar autoridade
tomar no cu em dia de festa


Para fazer um poema sujo
preciso falar pela revolta
interpretar o sujo da lama
ser língua e buceta chupada
mandar-me, com autoridade
tomar no cu de mim mesma


Depois emergir ilesa
da lama tal, flor de lótus

Louco José

Luciana Carrero

Encontrei o meu retrato
pincelado de morte
sobre a mesa...

Furtivo, Manoel Manilla se escafedia da sala
deixando cair o pincel sujo de sangue
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