Estudando a História pelas Efemérides
ESTUDANDO A HISTÓRIA PELAS EFEMÉRIDES
Luciana Carrero*
Precisamos saber de tudo, porque tudo afeta a
“Aldeia Global” chamada Terra. Estudando as efemérides, fazemos uma conexão
entre passado, presente e futuro. Por isso devemos considerar importantes. Mas
é mais produtivo falar das efemérides com antecedência. Assim teremos a
oportunidade de fazer nossas comparações e tirar as conclusões, através de
estudos, para que estas não sejam letras mortas, mas vínculos de formação da
sociedade mundial. Neste mês de outubro encontramos duas efemérides marcantes
para Portugal. A primeira foi a implantação da república portuguesa, só
abordaremos esta. A outra foi a instituição do direito civil em 24 de Outubro,
também em Portugal. Quem se interessar, pesquise o ano. Além disso, outubro é
um mês riquíssimo em efemérides de importância descomunal. Começando pelo dia
da música, (1) E por aí vai, até o dia das bruxas (31), mas bruxa não é
efeméride.
Em 1910, no dia 4 de outubro comemora-se a
implantação da república portuguesa. A tendência do mundo era desvencilhar-se
das monarquias e de todas as suas pompas e circunstâncias. A monarquia já vinha
agonizando desde quando, 21 anos antes foi abolida no Brasil. Aqui não se
critica posições políticas e nem se defende este ou aquele. O fato é que o
mundo evolui. As monarquias tiveram a sua vez, organizaram a Europa e
conquistaram inclusive terras brasileiras, do que podemos dizer que foi um
período importante porque aculturou positivamente uma terra de índios, como
éramos. Foi e é a base da nossa cultura, começando pelo idioma organizado que
implantou e encontrou progresso quando se enriqueceu com a língua indígena. Dom
João VI foi um grande estadista, que
trouxe a cultura européia e as grandes construções que agigantaram esta terra
de selvícolas. As repúblicas portuguesa e brasileira continuaram o trabalho e
as monarquias luso-brasileiras são as raízes de dois países sólidos que se
reconhecem e se respeitam em suas repúbliicas. Para o Brasil acorreram vários
povos e já está difícil definir etnias.
Mas a verdade somos esta nação potente, que, unida a Portugal, nos
impomos ao mundo. E se não fosse estes monarcas empreendedores de Portual, não
existiriam estas duas potências mundiais que continuam se completando em todas
as áreas, com o grande mar ao meio.
*Licenciada em História, Bacharel em Ciências
Administrativas e escritora
Artigo publicado no Jornal Caravela, do Instituto Cultural Português, setembro/2014