terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

POEMAS NASCERÃO SANGRANDO

# Luciana Carrero

A canalha popular
age desatinada
em madrugada insana
provocando a revogação
da liberdade conquistada

Deitada eternamente
a pátria dorme embriagada

A flanela já lustra
as lâminas caladas
esfrega os botões dourados
para o desfile orquestrado
da ostensiva marcha
de posição pontiaguda

"Eu enfrentava os batalhões,
os alemães e seus canhões..."
"quem sabe faz hora
não espera acontecer"
"É pau é pedra
é o fim do caminho"

Quem não tem cão
leva gato pardo diletante
da canção romântica
para a caçada torta
E invade comportas
do pensamento moral:
“Que será de ti
quando a ilusão
em teu coração
for chegando ao fim?”

É chegada a hora
do vate afiar a pena
para instigar a nação
com boa lavra