#BANCOS HUMILHAM A POPULAÇÃO NA PORTA ROTATIVA
Luciana Carrero*
Em nosso país todos somos nivelados por baixo. Somos todos suspeitos de assaltantes, nas portas dos Bancos. E temos que voltar para trás dez vezes, se o "segurança" inepto e mal educado, assim o mandar. Eles não podem ter poder de polícia sobre nós. Isto é inconstitucional. Somos o que: palhaços, que aceitamos este sistema ridículo. Para que pagamos seguranças, indiretamente, através dos nossos impostos, se é para nos perseguirem e humilharem?
Hoje em dia tudo tem metal: as chaves da casa, o batom, o celular, as embalagens de remédios, os adornos das bolsas, as fivelas dos cintos, as próteses dentárias, os anéis, as bijuterias. E eu volto 20 vezes, se o "segurança" quiser, enquanto tiver um resquício de papel de bala pintado de alumínio, ou um ziper na minha bolsa. Com estas coisas é possível alguém assaltar um Banco? Chega-se ao cúmulo de não poder passar com moedas, que é "mercadoria" de troca fornecida pelos Bancos, sem colocá-las naquela maldita gaveta.
Que respeitem a nossa dignidade de cidadãos!
Eu falei que os assaltantes, quando querem, entram no Banco e assaltam mesmo. Os "seguranças" responderam que o ladrão já chega atirando. Mas eu não cheguei atirando. Eu só precisava receber um cheque de uma TV velha, com 15 anos de uso, que vendi para o bric. Que despreparados "seguranças" são estes que não querem ou têm medo de revidar o ladrão? Em caso de assalto, que atirem no ladrão e está acabado o problema. Ninguém os obrigou a serem seguranças. São porque querem, recebem risco de vida e tudo o mais, mas não querem expor-se, correr risco. Para ganhar os seus salários, não fazem por merecer, porque nada fazem contra o ladrão.Os seguranças são despreparados e estão lá só para atazanar a vida do cidadão de bem. Querem só o bem bom do ar-condicionado, um bom salário, mas não cumprem sua obrigação, que seria atirar nos bandidos. Enquanto isso, para justificar estarem ali, ficam humilhando o povo, o dia inteiro. Se são "seguranças" despreparados, os bancos deveriam despedí-los e abrir vaga para quem tem coragem e não fiquem fazendo de conta que trabalham, na porta do Banco. Às vezes dá o que pensar: da mesma forma que nos nivelam por baixo, dão-nos o direito de nivelá-los também por baixo. E ouso dizer: se são tão rigorosos conosco, que somos cidadãos de bem, por que não o são, de forma mais drástica ainda, com os bandidos assaltantes? Pelo que sei, os assaltantes entram no Banco pela mesma porta que entramos e só anunciam o assalto lá dentro. Nunca vi falar de nenhum assaltante que arrebentou a porta rotativa. Eles passam com as armas que quiserem, enquanto eu não consigo passar nem com os meus remédios ou com um batom. Se a questão é nivelar por baixo, que sejam nivelados por baixo, também os "seguranças". Se suspeitam de mim, revido com a suspeição de que os assaltos são favorecidos por eles. E não venham dizer que é para minha própria segurança, o escambau. É, sim, para minha humilhação que eles trabalham. E muitos deles devem ser cúmplices dos próprios assaltantes. Afinal de contas, não estamos no país da corrupção? que ribomba para todos os lados, em todos os níveis? Só os "seguranças" não são suspeitos? A PF precisa investigar isto a fundo. Pode se chamar "Operação limpa banco".
Hoje em dia tudo tem metal: as chaves da casa, o batom, o celular, as embalagens de remédios, os adornos das bolsas, as fivelas dos cintos, as próteses dentárias, os anéis, as bijuterias. E eu volto 20 vezes, se o "segurança" quiser, enquanto tiver um resquício de papel de bala pintado de alumínio, ou um ziper na minha bolsa. Com estas coisas é possível alguém assaltar um Banco? Chega-se ao cúmulo de não poder passar com moedas, que é "mercadoria" de troca fornecida pelos Bancos, sem colocá-las naquela maldita gaveta.
Que respeitem a nossa dignidade de cidadãos!
Eu falei que os assaltantes, quando querem, entram no Banco e assaltam mesmo. Os "seguranças" responderam que o ladrão já chega atirando. Mas eu não cheguei atirando. Eu só precisava receber um cheque de uma TV velha, com 15 anos de uso, que vendi para o bric. Que despreparados "seguranças" são estes que não querem ou têm medo de revidar o ladrão? Em caso de assalto, que atirem no ladrão e está acabado o problema. Ninguém os obrigou a serem seguranças. São porque querem, recebem risco de vida e tudo o mais, mas não querem expor-se, correr risco. Para ganhar os seus salários, não fazem por merecer, porque nada fazem contra o ladrão.Os seguranças são despreparados e estão lá só para atazanar a vida do cidadão de bem. Querem só o bem bom do ar-condicionado, um bom salário, mas não cumprem sua obrigação, que seria atirar nos bandidos. Enquanto isso, para justificar estarem ali, ficam humilhando o povo, o dia inteiro. Se são "seguranças" despreparados, os bancos deveriam despedí-los e abrir vaga para quem tem coragem e não fiquem fazendo de conta que trabalham, na porta do Banco. Às vezes dá o que pensar: da mesma forma que nos nivelam por baixo, dão-nos o direito de nivelá-los também por baixo. E ouso dizer: se são tão rigorosos conosco, que somos cidadãos de bem, por que não o são, de forma mais drástica ainda, com os bandidos assaltantes? Pelo que sei, os assaltantes entram no Banco pela mesma porta que entramos e só anunciam o assalto lá dentro. Nunca vi falar de nenhum assaltante que arrebentou a porta rotativa. Eles passam com as armas que quiserem, enquanto eu não consigo passar nem com os meus remédios ou com um batom. Se a questão é nivelar por baixo, que sejam nivelados por baixo, também os "seguranças". Se suspeitam de mim, revido com a suspeição de que os assaltos são favorecidos por eles. E não venham dizer que é para minha própria segurança, o escambau. É, sim, para minha humilhação que eles trabalham. E muitos deles devem ser cúmplices dos próprios assaltantes. Afinal de contas, não estamos no país da corrupção? que ribomba para todos os lados, em todos os níveis? Só os "seguranças" não são suspeitos? A PF precisa investigar isto a fundo. Pode se chamar "Operação limpa banco".
* escritora e produtora cultural.
postado por Jornal Cultura Literária @ 10:41
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