quinta-feira, 10 de julho de 2014

#Derrota na Copa


A exploração racional do romantismo brasileiro

Luciana Carrero*

Nenhum povo do mundo é inimigo de si mesmo. A tendência dos humanos é amar e defender seu país perante o mundo, a qualquer custo, mesmo que seu país esteja errado. O pior inimigo do Brasil está como um câncer no próprio Brasil. São os brasileiros que execram a própria nação, minando-a a ponto de refletir toda a negatividade no espírito dos seus líderes e heróis. Perante as outras nações, este é um prato cheio para aproveitarem-se da situação. Aqueles brasileiros que fazem parte dos grupos baderneiros são os verdadeiros culpados de todas as derrotas, em todos os níveis em que a semeiam. São grupos orquestrados, que todos conhecemos e que expõem o país ao desprezo do mundo. Com isto, povos mais estabilizados racionalmente, numa afronta premeditada atingem os brasileiros na nobreza do seu romantismo, causando catástrofes como a humilhante derrota a que foi exposto o nosso futebol. O mundo e os badernistas sabem que ao atingir o futebol atingem o Brasil no mais profundo de sua alma. E estão usando isto politicamente desde que começaram as badernas no Brasil. Através do esporte conseguem atingir o governo, pois o esporte foi a arma escolhida por brasileiros inimigos para destruir o governo atual. Eles sabiam que precisavam atingir o Brasil no seu próprio romantismo para prostrá-lo combalido. Agora têm a derrota na Copa como novo trunfo para continuar atacando o governo. Não é uma simples confusão mental, como a da maioria do povo que embarca nesse trem; é uma tática racional de poderosos que almejam retomar o poder político, nesta eleição. Infelizmente foi bem planejada, orquestrada e mantida. Vejo brasileiros equivocados aqui na rede social ufanando-se da vitória nefasta da baderna e dizendo, textualmente (e também nas entrelinhas): agora só falta derrubar a “presidenta” (sic). Os articuladores do “Não vai ter copa” tiveram sua primeira vitória. O mundo estava observando o panorama e soube aproveitar-se. Os jogadores sentiram a responsabilidade, até mais política do que esportiva de vencer no futebol. Mas o sentimento negativo que vem da atividade de inimigos brasileiros refletiu-se de modo decisivo sobre a equipe, que não conseguiu trabalhar com ele. E fomos todos humilhados. Não sou militante partidária. Não defendo o governo atual, a não ser no que tem de bom, no que penso estar certo. Mas sei que conduzir o Brasil a esta derrota foi a forma planejada para enfraquecer este governo, visando atingí-lo nesta eleição. Lamento que o despreparo racional dos brasileiros em geral não saiba entender a verdadeira intenção dos badernistas. Mais uma vez o romantismo dos brasileiros derrotou o país e os nossos jogadores refletiram a ideia de derrota que anda a disseminar-se na alma do brasileiro como nação. Isto é muito mais profundo do que podemos imaginar. É um mistério que se impõe com a suposta invencibilidade de um apocalipse anunciado. Não dá para entender. A situação atingiu o Brasil na auto-estima e isto poderá refletir-se num povo inteiro vingando-se no governo, nesta eleição. Infelizmente este será o critério romântico dos brasileiros para escolher os governantes. Alea jacta est ou Et nefarium est alea?