sábado, 11 de fevereiro de 2017

Memórias da CAPORI


MEMÓRIAS DA CASA DO POETA “RIOGRANDENSE” – em Grafia Vintage, sem o hífen



Naquele tempo eu assinava Toni Carré. Em 01/03/91 compus este poema, que foi apresentado nos dias 24/07/1991, durante o Jantar dos 27 Anos da “CAPORI” e em 26/07/1991, na Confraternização Mensal, na Sede da Rua Visconde do Herval. Rememorando papéis antigos, encontrei uma cópia do texto, devidamente registrada e autenticada pelo saudoso irmão Nelson Fachinelli, Presidente.



CASA DO POETA ‘RIOGRANDENSE”



                                         Toni Carré



É um castelo inacabado.

E cada um que nele chega,

Põe uma pedra na construção.



Nele não moram reis e rainhas.

Mora uma corte, a multidão.



Um “São Francisco” é seu mentor,

Que é um elo de grande união.



Este castelo é imaterial

Pois suas pedras são invisíveis

E suas cores são as do amor.



A propriedade desta morada

É ser maleável a cada um

E pode a imagem dela criar

Dela quem quer ser morador.



Lá não tem quartos e nem colchões,

Mas muitos sonhos, muitas canções!

Seu alicerce é de Poesia

E de poemas é seu telhado.



Deste castelo inacabado,

É muito grande o seu tamanho,

Tendendo sempre à imensidão.



E quanto mais pedras se ajustam,

Muito mais pedras ele requer.

É um lugar que é dos Poetas

E habita nele o que bem quiser.




Luciana Carrero