domingo, 18 de dezembro de 2016

O NATAL É PARA QUEM?

Natal! no tempo o homem o reinventa
debaixo de um pinheiro o colocando
Lembrando a manjedoura, à noite, quando
o bafo das ovelhas aquecia
Corpinho do menino que nascia

No artificial a humanidade intenta 
Bucólico presépio que arranjamos
E para festejar, o iluminamos
Cenário que faz esquecer a cruz
Ornando a cena do natal Jesus
Este mote a fraternidade alenta
E o encontrou para manifestar
Toda ternura, o mundo a embalar
E come e bebe. Ao lado a manjedoura
Que é símbolo de paz imorredoura
O menino ganhou o que não pedia
Ouro, incenso e mirra dos três reis magos
E mereceu dos justos os afagos
E o esperavam como o redentor
Que o profeta anunciara com louvor
E o que pediu foi pra cumprir a sina
De trazer ao planeta suas novas luzes
Morrendo numa cruz, entre outras cruzes
Culpado por iluminar o mundo
Saiu da vida em estertor profundo
O Natal é para a injustiça ingrata
Que aprisionou Mandela em sua Terra?
É para aquele que semeia a guerra?
É para o fundamentalismo odioso?
É para o ser humano belicoso?
É para os justos tementes a Deus?
Para quem come hóstias nas igrejas?
Para quem é da paz ou das pelejas?
Para quem trai amor, irmão e filho?
Ou para quem é ornado de brilho?
Natal é para o algoz amaldiçoado
Que ao desvalido faz de droga enxerga*?
Pra o são que não vê. Pro cego que enxerga?
Para ladrão, corrupto e assassinos?
Ou é somente pra tocar os sinos?
Natal é para todos, diz a imagem
Do mestre honrado que morreu na cruz
E que pra todos é o mesmo Jesus
É infinita luz pra qualquer pessoa
Pois se morreu na cruz não foi atoa
Sim, Natal é paz, pura alegria
Festejos de esperança e de melhora
A todos que buscam nesta bela hora
Redimir os pecados cometidos
para os turrões e para os convertidos
É pra quem novo tempo reinventa
debaixo de um pinheiro colocando
Projetos de melhoras e isto é quando
Há bafo das ovelhas pra aquecer
As promessas de um outro renascer!
* Enxerga = Pano imundo